Segue o projeto vinculado à disciplina Letras Interdisciplinar, realizado pela aluna Alessandra Cantero, sob orientação da Prof.ª Dr.ª Joana Ormundo.
PRODUÇÃO DE GÊNEROS TEXTUAIS
Dentro da proposta de produção de gêneros textuais do
presente trabalho, escolheu-se alguns mais significativos para a temática deste
projeto.
Gêneros textuais (ou do discurso)
Bakhtin, precursor da base teórica utilizada pelos estudiosos da
temática, define gênero textual como um tipo relativamente estável de enunciado
e aborda suas esferas de conteúdo, forma e estilo. Este enunciado refletiria as
condições específicas e as finalidades das esferas da atividade humana que
estão relacionadas com a utilização da língua. Essas esferas de atividades são
múltiplas e cada uma delas nos remete a um ou mais gêneros textuais.Quanto mais
uma esfera fica complexa, mais o gênero relacionado a ela torna-se complexo
também.
Para Bakhtin os gêneros textuais podem ser primários (mais espontâneos)
e secundários (menos espontâneos, portanto, mais elaborados). Para a tessitura
de alguns gêneros, as condições de produção são diferentes, assim como a finalidade,
o uso da língua-alvo e os sujeitos envolvidos na atividade de negociação em
prol da interação, como é o caso do romance, por exemplo, que não raramente,
traz dentro de si, gêneros textuais, cujas características funcionais se
aproximam bastante de uma interação face a face, como um bilhete, uma carta
para um amigo ou um poema feito sem planejamento prévio. É o caso da peça
teatral, das palestras, só para termos um exemplo de gêneros secundários de
duas modalidades diferentes do uso da língua: escrita e fala. Entretanto,
recorramos ao próprio Bakhtin para uma distinção mais minuciosa sobre este
fato:
Os gêneros primários, ao se tornarem componentes dos gêneros
secundários, transformam-se dentro destes e adquirem uma característica
particular: perdem sua relação imediata com a realidade existente e com a
realidade dos enunciados alheios por exemplo, inseridas no romance, a
réplica do diálogo cotidiano ou a carta, conservando sua forma e seu
significado cotidiano apenas no plano do conteúdo do romance, só se integram à
realidade existente através do romance considerando como um todo, ou seja, do
romance concebido como fenômeno da vida literário-artística e não da vida
cotidiana.(BAKHTIN, 1994, p. 281).
É importante salientar que Bakhtin chamou de gêneros do discurso e não
necessariamente gênero textual. Este seria mais uma materialização daquele,
entretanto, o que é um romance senão a materialização de discursos diversos
denominados de gênero discursivo por Bakhtin e pelos seguidores da Análise de
Discurso (AD) e de gênero textual pelos mais afeiçoados pela Lingüística de
Texto (LT).
Proposta de produção
Gênero Textual Entrevista:
Segundo Duarte (2010, p. 1) “A entrevista é essencialmente
oral e requer uma postura adequada tanto por parte de quem elabora quanto por
parte de quem responde”.
(Fonte: http://meuartigo.brasilescola.com/portugues/os-matizes-genero-entrevista-contexto-producao.htm)
ENADE, o olhar do aluno.
Entrevista com a aluna do 6º semestre do curso de
letras do Campus Vergueiro, Isabel Emy Sakamoto, que participou do processo de
avaliação do ENADE 2011:
Blog: Olá, Isabel. Como foi a preparação dos
alunos, a nível institucional, para Exame Nacional de Desempenho de Estudantes? Houve algum recurso
especial?
Isabel: A gente teve aula de formação geral e
específica, que foi dada para todos os alunos e não apenas para os que iríamos
fazer a prova. Teve um material institucional muito bom, chamado tomo, feito de
perguntas e respostas, estas últimas, fundamentadas com embasamento teórico da
própria disciplina. Eram tomos de literatura, linguística, letramento, etc... e
todos muito bons! Tivemos orientação de como responder às questões. Fizemos um
pequeno simulado antes. E, no dia da prova, as coordenadoras acompanharam a
gente até o local e esperaram a gente terminar... A prof.ª Solange levou até um
lanchinho... (risos)
Blog: Você fez alguma preparação pessoal? Leu algo
a mais...?
Isabel: Eu fiz a prova com o conhecimento que eu tive no curso, a bagagem que
ele me deu. Essa foi a minha preparação pessoal...
Blog: Isabel, o que você achou do nível de
dificuldade da prova, foi fácil?
Isabel: Não foi fácil! Exigiu muito conhecimento de Literatura! Eu não li a
obra completa do Guimarães Rosa, não conheço toda a crítica do Alfredo Bosi,
nem do Massaud Moisés. Tudo isso caiu no Enade...
Blog: E as perspectivas textuais? Caiu linguística,
Análise do discurso, como você acha que se saiu?
Isabel: (Risos) Caiu sim! Mas essa parte foi mais tranqüila!
Blog: Isabel! Você acredita no ENADE?
Isabel: Acho a prova muito geral também naquilo que
ela deveria ter de específico. Deve ser por causa dos outros cursos... Mas eu
percebi que os alunos não levam a sério, por isso, não dá pra confiar muito. A Unip
preparou e motivou os alunos a fazerem a prova, mostrou a importância da prova
pra gente mesmo... Os alunos da Unip levaram a sério.
Proposta de produção
Gênero Textual Resumo:
O resumo é a apresentação
concisa e seletiva do texto, destacando-se os elementos mais importantes, as
principais idéias do autor da obra. Um resumo analítico deve conter as
principais informações apresentadas no texto, dispensando a leitura da obra
completa.
(Fonte: http://prismatica.wordpress.com/2007/11/14/metodologia-cientifica-em-design-resumo-vs-resenha/)
Julgou-se oportuno elaborar o resumo da entrevista acima, dando prosseguimento ao tema abordado e unidade quanto ao todo.
A aluna Isabel Emy Sakamoto (6º semestre do curso de letras do Campus Vergueiro) realizou a Exame Nacional de Desempenho de Estudantes ou ENADE), avaliando positivamente a preparação institucional de sua universidade, demonstrou confiança quanto a grade curricular de seu curso e considerou a fragilidade dos resultados da prova do ENADE enquanto critério de avaliação do ensino superior no Brasil, pois percebeu pouco comprometimento por parte de estudantes de outras instituições. Sentiu-se feliz pela confiança que a Universidade Paulista depositou em seus alunos, manifestada, sobretudo pelo apreço, respeito e cuidado da Coordenação Local e Geral do Curso de Licenciatura em Língua Portuguesa e Inglesa.
Proposta de produção
Gênero Textual Tira cômica:
A temática atrelada ao humor é uma das principais
características do gênero tira cômica. Mas há outras: trata-se de um texto
curto (dada a restrição do formato retangular, que é fixo), construído em um ou
mais quadrinhos, com presença de personagens fixos ou não, que cria uma
narrativa com desfecho inesperado no final.
Para Ramos (2007), o gênero usa estratégias textuais
semelhantes a uma piada para provocar efeito de humor. Essa ligação é tão forte
que a tira cômica se torna um híbrido de piada e quadrinhos. Por isso, muitos a
rotulam como sendo efetivamente uma piada.
Imagens - Fonte: http://www.sempretops.com/diversao/tirinhas-da-mafalda/
Texto:
Alessandra Cantero
Considerando a ementa da disciplina Letras
interdisciplinar, que contempla a inserção
e o diálogo com a literatura, sobretudo por meio do livro ABC da Literatura, de
Ezra Pound, julgou-se oportuna a produção textual do gênero poesia, de modo a
abranger mais amplamente a dimensão da interdisciplinaridade dentro deste
projeto.
Proposta de produção
Gênero textual Poesia
A poesia, ou gênero lírico, ou lírica é uma das sete artes tradicionais,
pela qual a linguagem humana é utilizada com fins estéticos, ou seja, ela
retrata algo que tudo pode acontecer dependendo da imaginação do autor como a
do leitor. "Poesia, segundo o modo de falar comum, quer dizer duas coisas.
A arte, que a ensina, e a obra feita com a arte; a arte é a poesia, a obra
poema, o poeta o artífice."[1] O sentido da mensagem
poética também pode ser importante, ainda que seja a forma estética a definir
um texto como poético. A poesia compreende aspectos metafísicos (no sentido de
sua imaterialidade) e da possibilidade de esses elementos transcenderem ao
mundo fático. Esse é o terreno que compete verdadeiramente ao poeta.[2]
1. ALMEIDA (sXVI) apud
MUHANA, 2006.
2. ARISTÓTELES. Poética, IX-50.
E nens!
(Alessandra Cantero)
(Alessandra Cantero)
E nada de
Verba
E muito de
Verbo
Enadificações
E nem
Pense em enes
E nade de nada
e
o
que
avalia
Verba
E muito de
Verbo
Enadificações
E nem
Pense em enes
E nade de nada
e
o
que
avalia
...podia
fazer sua parte...
em parte
somos
em tudo
SUBVIVENTES.
fazer sua parte...
em parte
somos
em tudo
SUBVIVENTES.
Proposta de produção
Gênero textual Resenha Crítica
É
um texto que, além de resumir o objeto, faz uma avaliação sobre ele, uma
crítica, apontando os aspectos positivos e negativos. Trata-se, portanto, de um
texto de informação e de opinião, também denominado de recensão crítica.
(Fonte:
http://www.pucrs.br/gpt/resenha.php)
O texto, produzido com o fim único de
complementar a produção de gêneros do presente projeto, apresenta em sua
constituição, nítida herança concretista: Clara atitude de recusa desde o
título; o conectivo “e” apresenta a conjunção “nem” substantivada
semanticamente para a noção de nada, vazio e nulidade. Em clara referência ao
exame de avaliação do Ensino Médio. Pluralizada, remete, implicitamente, a
outro exame. Recusando a todos. Também, forte recusa na organização espacial do
texto com diversos vácuos remetendo e insinuando uma estrutura desestruturada e
composta por rombos e vazios. Recusa institucional manifestada na
anti-estrutura do poema. Escolhas lexicais como nada, nem, enadificar, a
expressão “muito de verbo”, que redunda ironicamente em nada, reiteram a recusa
do poema.
Segue referência ao movimento concretista na organização visu-espacial para construção semântica do poema. As cores, elemento extra verbal, ligam oticamente as palavras entre si, além de adicionarem sentidos próprios ligados à sua significação social (azul para elementos da educação, verde para financeiro, preto para vazio, vermelho para crime). Reconhece-se ainda a influência concretista no critério de escolha para as relações lexicais. Desestruturação das palavras para a formação de outras e reestruturação apenas sonora das primeiras (exemplo: versos 6, 7 e 8 – enem, pcns e enade, respectivamente).
A segunda parte do poema lineariza-se para explicitar a atitude de recusa e crítica (expressa, sobretudo na cor vermelha), usando recurso de oposição semântica que entrevê a distância e diferença do eu lírico em relação ao objeto motivo do poema. O texto intenciona dar voz à crítica social dos sistemas governamentais de educação, embora, num primeiro momento, o eu lírico represente os profissionais da educação, sua postura ideológica pode ser facilmente estendida a todos os cidadãos preocupados com o sistema de educação do país. É uma denúncia social, situando-se na linha transgressora da arte e, sobretudo, da poesia concreta, neste caso específico.
RELATÓRIO ACADÊMICO CIENTÍFICO
UNIVERSIDADE PAULISTA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS
SOCIAIS E COMUNICAÇÃO - ICSC
CURSO DE LETRAS –
LICENCIATURA EM LÍNGUA PORTUGUESA E INGLESA
RELATÓRIO DE TRABALHO DA DISCIPLINA LETRAS
INTERDISCIPLINAR:
Pluralidade
Cultural no Ensino Superior dentro do blog interdisciplinar
“ENSINAR E APRENDER COM GÊNEROS /
ENADE”
Apoio virtual conteudístico para alunos
universitários que prestam ENADE.
Desenvolvido sob orientação
da Prof. Drª. Joana Ormundo
Campus
Vergueiro – 4º. Semestre
Alessandra Cantero
|
RA:A53ABH-5
|
São Paulo
Novembro/2011
Os Parâmentros Curriculares
Nacionais, elaborados pelo Governo Federal, são orientações sócio-pedagógigas
para o Ensino Fundamental e Médio. (BRASIL, 2007). Todas as licenciaturas,
portanto, precisam contemplar tal referência no sentido de preparar e
conscientizar o aluno, possível futuro educador, para o trabalho póstumo com
tais temáticas. As escolas públicas e privadas de Ensino Fundamental e Médio
deparam-se, cada dia mais intensamente, com a pluralidade em todos os âmbitos
desta: cultural, racial, étnica e socioeconômica. Sobretudo em um país, que,
como o Brasil, tem forte hibridismo étnico e racial em sua formação histórica.
Para Gonçalves (2004):
A
temática da pluralidade cultural diz respeito ao conhecimento e à valorização
das características étnicas e culturais dos diferentes grupos sociais que
convivem no território nacional, às desigualdades socioeconômicas e a crítica
às relações discriminatórias e excludentes que permeiam a sociedade brasileira,
oferecendo ao aluno a possibilidade de conhecer o Brasil como um país complexo,
multifacetado e, algumas vezes, paradoxal. (GONÇALVES, 2004, p. 72)
Dessa forma, a temática da
pluralidade cultural precisa estar presente, enquanto referência essencial
durante o preparo das técnicas para a educação e o projeto escolar. Um ensino
pouco contextualizado, desinformado e excludente não atingirá seus fins
educacionais.
Apresento neste relatório o blog
“ENSINAR E APRENDER COM GÊNEROS / ENADE”, desenvolvido sob a orientação da
Prof.ª Dr.ª Joana Ormundo, Coordenadora Geral do Curso de Letras da Universidade
Paulista, inserido dentro do já existente projeto virtual da mesma. O Blog
intencionou ser um material interdisciplinar e multissemiótico de apoio aos
alunos destinados a prestar o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes, mais conhecido
como ENADE.
O blog
não aborda diretamente a questão da pluralidade cultural, (embora a ilustre
amplamente em seu conteúdo) mas teve esta como base semiótica para a sua
criação e desenvolvimento, visto que, destina-se aos alunos do curso de
licenciatura em Letras da Universidade Paulista no Brasil inteiro. O registro
linguístico utilizado no blog é o da norma culta da Língua, e pequenas
variações para o registro estritamente acadêmico. As cores, em tonalidades de
azul, favorecem a reflexão e o apaziguamento. O blog apresenta poucas
informações extras. Foi eliminada, por exemplo, a visualização dos seguidores
para focar mais no conteúdo e evitar elementos adicionais que podem desviar a
atenção do aluno. Apresenta estrutura simples do Blogspot. Seguindo padrões semióticos
de dados. Informações: lado central e direito, coincidindo semanticamente a
informação principal e nova. O foco do blog é real e absolutamente o conteúdo a
ser estudado. Poucos elementos iconográficos, uma pequena caderneta de
anotação, referência universal ao estudo e pesquisa. Na ala esquerda, ícone do
bacharelado e breve lembrete informativo relacionado à reabertura do Curso de
Bacharelado (de interesse dos estudantes). O índice de postagem foi organizado
de acordo com a área científica e por nome, de maneira a agilizar o acesso do
aluno. Procurou-se, na elaboração deste blog, neutralidade absoluta no que diz
respeito a questões regionais, raciais, juízo de valores, etc. Oferecendo,
tanto quanto possível, apenas o conteúdo e, em algumas ocasiões, breve
orientação do professor a respeito deste.
Tal projeto tornou-se possível
devido ao empenho e colaboração ativa dos demais professores do Curso de letras
expandidos por diversos Campus da Universidade Paulista de todo o Brasil.
Consistiu em uma modalidade virtual de apoio conteudístico aos alunos, paralelo
a um grupo criado pela Prof.ª Dr.ª Ligia Menna na rede social Facebook, por
meio da qual, a interação aluno x professor, ocorreu de maneira ativa e
dinâmica.
Meritou-se o blog em centralizar
e viabilizar o acesso a todas as informações, referências e documentos
(disponibilizados online no mesmo), para o acesso simples e imediato dos
alunos.
Para a realização de tal projeto
criou-se três contas online, a saber, um endereço de correio eletrônico gmail,
destinado apenas à manutenção do projeto, uma conta blogspot (o blog em si) e
uma conta slide share para a disponibilizacâo de documentos online. Esta última
funcionou como um banco de dados, dinamizando o pronto acesso às informações.
Apresenta ainda o blog, em sua
configuração específica para o projeto:
·
uma
aba adicional destinada à postagem incorporada de diversos vídeos relacionados
às temáticas abordadas pelo ENADE 2011.
·
duas
abas com incorporação dos blogs do campus Vergueiro e Brasília respectivamente,
ambos, criados dentro do mesmo projeto “Ensinar e Aprender com Gêneros” sob
orientação da Prof.ª Dr.ª Joana Ormundo.
·
uma
aba posterior com a produção de gêneros textuais, de acordo com a proposta do
projeto: Entrevista com aluna que realizou o exame Enade, resumo da entrevista,
tira cômica, gênero textual poesia, resenha e análise crítica da poesia, resenha
crítica do PCN Pluralidade Cultural inserida neste relatório.
A elaboração do blog exigiu largo
conhecimento de Gêneros para a sua distribuição, criação e organização.
Conhecimentos semióticos e observação atenta dos padrões técnicos de ensino
seguidos pela Universidade Paulista, que apresenta universalidade e eficácia na
transmissão de conhecimento devido a modelos sérios de ensino e bases
profundamente fundamentadas e frequentemente atualizadas de acordo com as
exigências do Ministério da Educação (MEC). A parceria com o Projeto da
Coordenadora Prof.ª Drª Joana Ormundo possibilitou aproximação e eficaz
conhecimento do modus operandi de uma Universidade pluricultural, presente no
Brasil inteiro e que serve de modelo
para o PCN pluralidade cultural, tanto em sua modalidade Acadêmica
Universitária, como, enquanto Colégio e Curso pré-vestibular Objetivo. Tem-se
aqui, sem dúvida, uma receita de sucesso dentro do PCN pluralidade cultural,
considerando as dimensões do país e a expansão ininterrupta com progressivas
melhoras acadêmicas (comprovadas pelo próprio ENADE) da Universidade Paulista.
Referências:
Secretaria de Educação Básica
SEB – 2007. Ministério da Educação. Disponível em:
Acesso
em 24 novembro de 2011
GONÇALVES,
L. R. D. A Questão do Negro e
Políticas Publicas de Educação Multicultural: Avanços
e Limitações. 2004.132f. Dissertação (Mestrado em Educação) –
Pósgraduação em Políticas Publicas e Gestão da Educação,
Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia. 2004.
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